quinta-feira, 2 de julho de 2009

Caem os véus
Caem as máscaras
E eu fruto de uma sociedade
cindidida em micro cósmos concorrenciais e transitórios
Me debato em torno do real
estranho calado e inerte
O pensador refém do pensado
se faz em teias de tecnologia transfigurativa
de vasos e veias
fluxos e freios
Detentores do direito e da moral
os senhores da guerra atam mãos e calcanhares
afins do fim da história
E tudo é confinado a um agora efêmero
e a um aqui todo e limitado
Tudo é doce se nos expomos amargos
Tudo é belo se o poeta é triste
Tudo é real se a realidade
é de plástico.

Arlindo Ferreira

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