sexta-feira, 3 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Saiba que quando estiver sozinha
não estará só de verdade
pois me carrega em seus póros
saiba que quando falar de amor
não será mais tão puro
pois já o maculou me pisando
saiba que quando estiver diante da lua
e só tiver as estrelas como telhado
estarei lá como na primeira vez
estarei em cada estrela que nos observava
na grama que nos acolhia na noite clara
em que animalescamente nos amamos
saiba no entanto que não mais serei seu cobertor
talvez tenha até outros mais quentes
mais bem tecidos talvez esteja quente
diferente daquela noite
talvez nem precise de mim
nem de ninguém
talvez nunca tenha precisado
saiba que eu sim precisei
necessitava de cada beijo
cada afago
cada suspiro
cada esperança e quanto mais o tempo passava
mais dependente eu me tornei
da droga do amor
te lembrava ouvindo cartola
cozinhando arroz e tocando gaita
sentia seu cheiro nas flores e nos vasos
te achava no fundo dos meus olhos
quando os fechava
sonhava com seus abraços
e acordava mais feliz
agora ainda que eu saiba de todas as suas linhas e curvas
ainda que eu tenha decorado seus gestos mais sutís
ainda que meus ólhos vertam aguas de saudade
eu os fecho e não te encontro mais
eu te procuro e é como na vida
você fóge do meu acalanto
escorre por entre os dedos
saiba que sou movido e feito
de uma energia que me nega
saiba que você não está mais
no fundo dos meus ólhos
talvez um dia volte a estar
talvez nunca tenha estado.
Arlindo F.
não estará só de verdade
pois me carrega em seus póros
saiba que quando falar de amor
não será mais tão puro
pois já o maculou me pisando
saiba que quando estiver diante da lua
e só tiver as estrelas como telhado
estarei lá como na primeira vez
estarei em cada estrela que nos observava
na grama que nos acolhia na noite clara
em que animalescamente nos amamos
saiba no entanto que não mais serei seu cobertor
talvez tenha até outros mais quentes
mais bem tecidos talvez esteja quente
diferente daquela noite
talvez nem precise de mim
nem de ninguém
talvez nunca tenha precisado
saiba que eu sim precisei
necessitava de cada beijo
cada afago
cada suspiro
cada esperança e quanto mais o tempo passava
mais dependente eu me tornei
da droga do amor
te lembrava ouvindo cartola
cozinhando arroz e tocando gaita
sentia seu cheiro nas flores e nos vasos
te achava no fundo dos meus olhos
quando os fechava
sonhava com seus abraços
e acordava mais feliz
agora ainda que eu saiba de todas as suas linhas e curvas
ainda que eu tenha decorado seus gestos mais sutís
ainda que meus ólhos vertam aguas de saudade
eu os fecho e não te encontro mais
eu te procuro e é como na vida
você fóge do meu acalanto
escorre por entre os dedos
saiba que sou movido e feito
de uma energia que me nega
saiba que você não está mais
no fundo dos meus ólhos
talvez um dia volte a estar
talvez nunca tenha estado.
Arlindo F.
"Ditadura na América Central"
01/07/2009 - 21h41
Honduras suspende direitos civis por 72 horas
Congresso de Honduras aprovou na tarde desta quarta-feira (1) uma restrição "parcial" das garantias constitucionais por 72 horas, medida proposta pelo governo interino do presidente Roberto Micheletti. A informação foi dada por parlamentares que participaram da sessão.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/internacional/2009/07/01/ult1859u1171.jhtm
Honduras suspende direitos civis por 72 horas
Congresso de Honduras aprovou na tarde desta quarta-feira (1) uma restrição "parcial" das garantias constitucionais por 72 horas, medida proposta pelo governo interino do presidente Roberto Micheletti. A informação foi dada por parlamentares que participaram da sessão.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/internacional/2009/07/01/ult1859u1171.jhtm
Caem os véus
Caem as máscaras
E eu fruto de uma sociedade
cindidida em micro cósmos concorrenciais e transitórios
Me debato em torno do real
estranho calado e inerte
O pensador refém do pensado
se faz em teias de tecnologia transfigurativa
de vasos e veias
fluxos e freios
Detentores do direito e da moral
os senhores da guerra atam mãos e calcanhares
afins do fim da história
E tudo é confinado a um agora efêmero
e a um aqui todo e limitado
Tudo é doce se nos expomos amargos
Tudo é belo se o poeta é triste
Tudo é real se a realidade
é de plástico.
Arlindo Ferreira
Caem as máscaras
E eu fruto de uma sociedade
cindidida em micro cósmos concorrenciais e transitórios
Me debato em torno do real
estranho calado e inerte
O pensador refém do pensado
se faz em teias de tecnologia transfigurativa
de vasos e veias
fluxos e freios
Detentores do direito e da moral
os senhores da guerra atam mãos e calcanhares
afins do fim da história
E tudo é confinado a um agora efêmero
e a um aqui todo e limitado
Tudo é doce se nos expomos amargos
Tudo é belo se o poeta é triste
Tudo é real se a realidade
é de plástico.
Arlindo Ferreira
Sempre que vc estiver triste
e achar que ninguém te ama
lembre-se que o meu amor por você é incondicional
e que sempre será
Você pra mim é como uma flor rara que desabrocha
uma única vez em sua curta existência para o mundo
mais que cresce todos os dias no coração daqueles
que tiveram o privilégio de contemplar sua beleza
arrebatando a alma dos seres distraídos que sempre
olham nos olhos e ao cruzarem com os seus
morrem de amor
num suicídio surreal.
e achar que ninguém te ama
lembre-se que o meu amor por você é incondicional
e que sempre será
Você pra mim é como uma flor rara que desabrocha
uma única vez em sua curta existência para o mundo
mais que cresce todos os dias no coração daqueles
que tiveram o privilégio de contemplar sua beleza
arrebatando a alma dos seres distraídos que sempre
olham nos olhos e ao cruzarem com os seus
morrem de amor
num suicídio surreal.
Almoço
Ontem ao passar por ti
você fez que não viu
Não esboçou nenhuma afeição
nenhum sinal de vida saiu de ti
Ao chegar num desses restaurantes populares
percebi que você não estava lá
também pudera
esperei um bocado na fila
E você tão ocupado não perderia tempo com isso
Ontem ao engolir o alimento mal temperado que
o estado gentilmente me ofertava
Pensei em sua mesa farta de seus desperdícios
pensei em minha barriga se enchendo
daquela ração a minha frente
pensei enquanto você me observava de algum fast-food
cada vez mais fast e menos food
Ontem só lamentei a sorte
e só o fiz por não compreender que logo teria uma caneta
que logo poderia suicidar em palavras
a indignação que que me atormenta
Ontem no entanto eu agi
Fui até você e lhe disse a que viemos
Falei alto tudo aquilo que estava entalado no peito
não lhe mordi nem lhe enfiei o dedo no olho
não o fiz pois ainda não era o momento
Mas lhe mostrei que dentes e mira
estão mais afiados que nunca
lhe mostrei quem somos...
e que é só questão de tempo.
17/06/09
você fez que não viu
Não esboçou nenhuma afeição
nenhum sinal de vida saiu de ti
Ao chegar num desses restaurantes populares
percebi que você não estava lá
também pudera
esperei um bocado na fila
E você tão ocupado não perderia tempo com isso
Ontem ao engolir o alimento mal temperado que
o estado gentilmente me ofertava
Pensei em sua mesa farta de seus desperdícios
pensei em minha barriga se enchendo
daquela ração a minha frente
pensei enquanto você me observava de algum fast-food
cada vez mais fast e menos food
Ontem só lamentei a sorte
e só o fiz por não compreender que logo teria uma caneta
que logo poderia suicidar em palavras
a indignação que que me atormenta
Ontem no entanto eu agi
Fui até você e lhe disse a que viemos
Falei alto tudo aquilo que estava entalado no peito
não lhe mordi nem lhe enfiei o dedo no olho
não o fiz pois ainda não era o momento
Mas lhe mostrei que dentes e mira
estão mais afiados que nunca
lhe mostrei quem somos...
e que é só questão de tempo.
17/06/09
Meu sorriso ficava cada vez mais amarelo
As mãos procuravam nos bolsos
os argumentos que me fugiam
Era cômodo não agir
Mas o que fazer então
se a própria verdade era o incômodo ?
se o próprio poema era a denuncia?
se a crueza nos ólhos petrificava os dentres?
Não era a vida...
era a vida duas vezes
Era a vida representando a vida
Era o real explicitando o implícito
dessacramentando o sagrado
Era uma verborragia encadeada e incisiva
Era...perdoe a expressão...
ERA DE CAIR O CÚ DA BUNDA.
aos "Caras de Palco" 17/06/09
As mãos procuravam nos bolsos
os argumentos que me fugiam
Era cômodo não agir
Mas o que fazer então
se a própria verdade era o incômodo ?
se o próprio poema era a denuncia?
se a crueza nos ólhos petrificava os dentres?
Não era a vida...
era a vida duas vezes
Era a vida representando a vida
Era o real explicitando o implícito
dessacramentando o sagrado
Era uma verborragia encadeada e incisiva
Era...perdoe a expressão...
ERA DE CAIR O CÚ DA BUNDA.
aos "Caras de Palco" 17/06/09
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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